quinta-feira, 9 de junho de 2011

A América antes da chegada dos conquistadores europeus

       O objetivo central é apresentar um panorama das sociedades estabelecidas nas regiões que viriam a ser conquistadas pelos sociedades estabelecidas nas regiões que viriam a ser conquistadas pelos espanhóis procurando não reforçar perspectivas eurocêntricas. Além disso ao recuperar elementos culturaris e religiosos de maias, astecas e incas, procuramos oferecer elementos para a discurssãoda dominaçã e da mestiçagem cultural que vai se estabelecer no continente americano.
                       Runas da cidade inca de Machu Picchu, construina no século XV,  Peru.
               
                           Templo Jaguar século IV, complexo cerimonial, Tikal, Guatemala.
                          Pirâmide do Sol, século I, centro cerimonial, Teotihuacán, México.

A América antes da chegada dos conquistadores europeus
         O primeiro momento corresponde às origens do homem americano e pode ser denominado PERIODO PRÉ-COLONIAL. O segundo compreende à chegada dos navegadores e conquistadores europeus e seu contato com os nativos, marcando o início do PERIODO COLONIAL.
                   Movimento migratórios para a américa 


As migrações e viagens à América
    Os primeiros seres humanos não seriam originários da América. Segundo pesquisas arqueológicas, os primeiros humanos chegaram ao continente havia milheres de anos. Existiriam duas rotas principais desses deslocamentos: a primeira, partido da Ásia e  atravessando o estreito de Behring (veja mapa acima); A segunda, partindo das ilhas da Polinésia e atravessando o oceano Pacífico em pequenas embracações. Essas travessias teriam ocorrido entre 14 mil e 12 mil anos atrás.
imagens dos vikigs à América

        A primeira ocupação do continente foi encerrada há cerca de 12 mil anos. Ela teria se desdobrado ua série de deslocamentos posteriores e culminaria no aparecimento de diversos povos, entre maias, mexicas- que também chamamos de astecas- e incas.

Sociedade Maia

        A aréa que se estende entre o vale do México e a penisula de Yucatán ( região sul do atual México) foi ocupada por diversos povos em tornos de 7000 a.C. Eram agricultores que aproveitaram as excelentes condições climáticas e os solos férteis da região para estabelecer aldeias que se transformaram em grandes cidades a partir de 1000 a.C.
                                      Império Maia (C.90-1450)

        Em torno de 200 d.C., os mais conseguiram submeter toda a região controlada anteriormente por olmecas, zapotecas, mextecas e teotihuacanos. Nesse momento, a sociedade maia era formada por cerca de 200 cidades na região hoje ocupada pelo México (na América do Norte) Guatemala, Belize, Honduras e El Salvador (todos na América Central). 
       Essas cidades eram a base de sua organização político-religiosa. Nelas habitavam a Família Real, os governadores e os servidores de Estado, a exemplo de Sacerdotes e cobradores de impostos. Cada cidade apresentava-se como um centro cerionial independente das demais. Os agricultores e trabalhadores braçais, submetidos ao Estado, moravam na área rural e só se deslocavam até as cidades para celebrar rituais religiosos e fazer negócios.Os sacerdotes eram muito poderosos. Eles controlavam o saber relativo à evolução das estações do ano e da astronomia, conhecimentos fundamentais para uma vida econômica baseada na agricultura.Os principais produtos cultivados eram, em primeiro lugar, o milho, e também feijão, abóbora, vários Tubérculos, cacau, mamão, abacate, algodão e tabaco.
      No campo da matemática, os maias criaram um número equivalente ao zero, conceito até então  desenvolvido apenas pela cultura hindu. Seu sistema de numeração de base vinte era simbolizado por pontos e barras. Desenvolveram também a cerâmica, a escultura e técnica sofisticadas de arquitetura. Construíram templos, palácios e pirâmides colossais. A religião dos mais era politeísta, ou seja, eles veneravam vários deuses.
  
 O período Pós- Clássico

      Em torno do século X, os toltecas, que habitavam a parte norte do vale do México, conquistaram a região e se fundiram com os maias. Teve início uma segunda fase da história maia, na qual formou-se o Império Maia- Tolteca. A sede principal desse império era a localidade de Tula, no vale do México.
     A partir de então, Florescia uma sociedade que incorporava diversos elementos culturais dos demais povos conquistadores. Os toltecas cultuavam o deus Quetzalcoatl, uma serpente emplumada que depoi seria incorporada aos cultos maias de Kukulcán.

 Os astecas
   
    Em torno do início so século XIII, os mexicas ou astecas (vindos de Astlán, lugar das garças) combateram os maias e toltecas, estabelecendo-se no vale do México. A parte central do Império Maia-Tolteca foi conquistada. Restavam ainda áreas isoladas e a penísula de Yucatán.
                                                   Império astecas

                              Fundação de Tenochtitlán
      Diz a lenda que os mexicas, fugindo de seus inimigos, foram guiados até o vale do México por um sacerdote chamado Tenoch. O sacerdote levou-os até uma pequena ilha no centro de um lago chamado Texcoco. Lá teriam encontrado uma águia comendo uma serpente. Nesse local, os mexicas ergueram o seu centro cerimonial denominado Tenochtitlán em homenagem ao sacerdote. A partir daí, teriam iniciado a conquista do vale do México. A águia, um dos seus síbolos, engolia a serpente, símbolo dos maias e toltecas.
       No decorrer do século XV, os astecas estabeleceram um poderoso império na região, incorporando também as culturas que ali haviam se desenvolvido. Em seu apogeu, controlaram uma enorme área que se estendia por grande parte da Mesoamérica (área que compreendia parte do México e da América Central). 
       Quando os espanhóis desembarcaram na América, seu império era comandado por Montezuma II. Estendia-se por uma superficie de mais de 200 mil quilômetros quadrados e possuía uma população de 5 a 6 milhões  de habitantes. A capital Tenochtitlán, atual Cidade do México.
       O rei, chefe supremo, comandavam o Exército e a sociedade. Chefes Guerreiros e sacerdotes compunham a nobreza. A maior parte da  população  era formada por agricultores de pirâmedes. Artesãos, produziam peças de ouro e prata. Também conheciam a matemática e a astronomia. Chegaram a criar um calendário com mais de três metros de diâmetro e esculpido na pedra, que foi chamada de Pedra do Sol. O calendário foi entrrado pelos espanhóis, mas descoberto no final do século XVIII, na Cidade do México.

      O Calpulli


      A cidade de Tenochtitlán  era dividida em quatro partes. Cada uma delas era denominada Calpulli. Cada calpulli tinha um governo quase autônomo dirigido por um conselho composto pelos chefes das respectivas famílias.
      Acima dos Calpulli estava a estrutura estatal, centrada no monarca. O funcionamento do Estado baseava-se numa ampla rede burocrática formada por funcionários profissionais, tais como os sacerdotes, inspetores do comércio e coletores de impostos.


A  Região Asteca


    Para os astecas, a região desempenhava papel central nas relações entre o Estado e a sociedade. A guerra era sagrada. Por meio dela se obtinham escravos para o sacrifício humano, elemento central na ligação entre a comunidade e o Estado. Os mortos em sacrificio, como os que morriam em combate, tinham sua estrada garantida no Império do Sol, uma espécie de paraíso astecas. Sorte semelhante estava reservada às mulheres que morriam de parto. Alguns teóricos consideram que seria uma forma de diminuir os temores das mulheres e aumentar a reprodução. Os mortos comuns  iam para um lugar subterrâneo, chamado Mictlan.
    Os astecas consideravam o mundo um lugar instável, onde as colheitas, os seres humanos e até os deuses estavam ameaçados por catástrofes naturais. A religiosidade seria o caminho para oferecer segurança.
    A exemplos dos mais, os astecas também eram politeístas.


 ntese Religiosa

   A religião asteca é o resultado do aproveitamento de práticas religiosas dos diversos povos da Mesoamérica. Os astecas formam uma síntese: uma reunião de elementos diversos e a transformação deles um único conjunto.
    Dos olmecas, incorporaram a ideia de uma divindade representada pelo jaguar, animal que dominava a selva e representava, ao mesmo tempo, o belo e o terrível, a vida e a morte. Dos teotihuacanos, receberam o culto de Quetzalcoati ( a serpente emplumada) divindade  do saber e identificar com o Sol.
    A figura de Quetzalcoati acabou sendo associada a um mito tolteca que afirmava que o protetor do seu povo era um deus branco e barbado, justo e bom. Esse deus teria desaparecido misteriosamente no mar do golfo do México. Mas, antes disso teria prometido retorna à região e estabelecer a sua ordem. Esse mito desempenharia um papel decisivo no momento do contato dos astecas com os espanhóis, além de explicar muitas das caraterísticas dos sacrifícios humanos.

    Os incas
    
     Inca era o filho do Sol, o nome dado ao soberanoque reinava sobre o povo quichua no Peru. A denominação estendia-se a toda a dinastia e também aos indivíduos submetidos à dominaçã dessa mesma dinastia. Provavelmente a partir do século XII, os incas fundaram um poderoso império, abrangendo não só o Peru, como também o Equador, a Bolívia, parte do Chile e da Colômbia.
     O Império Inca era chamado de Tahuantinsuyu, que quer dizer " o mundo dos quatro cantos", pois era dividido em quatro partes. Sua capital, Cuzco, siguinifica o " umbigo do mundo". Cada um dos cantos do império era dividido em províncias de diversos tamanhos, com uma capital ou centro em cada uma dela. Os governadores de cada canto do império viviam em Cuzco.
    A sociedade inca apresentava-se bastante diferenciada. O soberano (Inca), e seus descendentes ocupavam o topo da pirâmide. Em torno do rei havia uma aristocracia formada por sacerdotes e militares. Uma nobreza inferior era formada pelos chefes regionais ( Kuracas) e funcionários qualificados. A seguir, a massa da população, composta de agricultores e de artesãos  e, por último, os escravos, obtidos nas guerras e conquistas.
    A população vivia em pequenas comunindades agropastoris, localizadas em aldeias, cada uma habitada por um conjunto de famílias. Formava uma unidade econômica, militar e religiosa, com território próprio, e que obedecia à chefia de um curaca. Sobre o Ayllu erguiam-se os fundamentos econômicos da sociedade.
   Os membros do ayllu eram obrigados a prestar serviços para as obras públicas e outras tarefas impostas pelo Inca. Os nativos, apesar de proprietários de bens imóveis e móveis, ficavam sempre na dependência das decisões do monarca, responsável direto por seu sustento e proteção. Também do soberano dependia grande parte da vida de cada um, pois era ele quem fixava a idade de casamento, a data dos cultos religiosos e até mesmo a época das viagens e a mudança de domicílio.  

    Influências Culturais

    A maior parte do que sabemos dos povos que habitavam o continente no período pré- colonial provém de documentos dos conquistadores europeus. É bastante comum encontrarmos, nos livros, referências às semelhanças entre as sociedades indígenas americanas e o Egito Antigo, modelo com que os europeus tinham mais familiaridade.
    No entanto, as concepções culturais dos povos pré-comlombianos eram diferentes daquelas dos conquistadores europeus.
    Para compreender essas sociedades nas mais diferentes dimensões, os pesquisadores têm estudado alguns vestígios arqueológicos. Mas a tarefa não é fácil. A cultura dos incas, por exemplo, foi duramente atingida pelo domínio espanhol e, hoje sua reconstituição histórica é extremamente trabalhosa.

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